segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Coqueluche

Dra. Lucia Diehl da Silva e Dr. Benjamin Roitman

A coqueluche ou tosse comprida é uma doença infecciosa aguda, transmissível, de distribuição universal, causada pela Bordetella Pertussis, um bacilo G-, aeróbio.
A síndrome da tosse com estridor também pode ser causada pela B. parapertussis.
Começa com sintomas leves das vias respiratórias superiores - tosse seca, febre baixa, coriza, mal-estar (fase catarral) que evolui para paroxismos de tosse, às vezes graves, em geral com estridor inspiratório (guincho), seguido de vomito. Em lactentes pequenos, os casos são mais graves, com cianose. Os episódios aumentam em frequência e intensidade nas 2 primeiras semanas e depois diminuem paulatinamente. Nos intervalos de paroxismos o paciente passa bem. Segue-se a fase de convalescença onde os paroxismos de tosse desaparecem e dá lugar a tosse comum que podem persistir por mais 2 a 6 semanas.

A transmissão ocorre por contato intimo através secreção das vias respiratórias.
A transmissão é mais provável no estagio catarral, antes do inicio dos paroxismos.
O período de incubação é de 6 a 20 dias em geral.
Os sintomas duram cerca de 6 semanas:
Período catarral: duração de 1 a 2 semanas.
Período paroxístico: duração de 2 semanas.
Período convalescença: a partir da 4ª semana até os sintomas desaparecem.

Tratamento:
Os antimicrobianos administrados no período catarral podem melhorar a doença. Depois que aparecem os paroxismos, os antimicrobianos são recomendados primariamente para limitar a disseminação da doença.
As drogas de escolha são eritromicina por 14 dias ou azitromocina por 5 dias.

Medidas de Controle:
Creches: As crianças expostas, com a imunização incompleta devem ser observadas por 14 dias após o termino do contato e completar o esquema vacinal.
As crianças com coqueluche podem retornar 5 dias após inicio do tratamento com antibiótico.

Diagnóstico: O “padrão-ouro” é a cultura com material coletado de nasofaringe, exame demorado e caro. O hemograma geralmente apresenta linfocitose importante. A pesquisa de PCR também é utilizada. A clínica característica, aspectos epidemiológicos (vacinação incompleta, contato com sintomáticos) permitem definir o diagnóstico.

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